Olá, bem-vinda! O intuito desse espaço é demonstrar as intensivas potências das quais uma corporeidade cyborg é capaz, condição essa classificada pelo senso comum como deficiência física. Desde o início da minha formação acadêmica sempre tive que enfrentar o preconceito que não cessava de associar minhas alterações corporais com uma negatividade em torno das possibilidades do estabelecimento de  relações sociais. Nesse cenário desanimador, encontrei algumas poucas pessoas que influenciaram decisivamente minha trajetória. A grande vitória alcançada ao iniciar trabalho de campo, pelo qual esperei mais de 10 anos, foi literalmente empreendimento de um sujeito coletivo composto daqueles que classificamos como familiares cosanguíneos e aqueles por afinidade, inclusive ultrapassando barreiras culturais. Mãe (Elianne), Túlio, Nereu, Tio Joubert e Tia Marcia, Marcelo, Lucas, Deborah Lima, Rosimar Braz, d. Maria e seu Nilton, Dona Guiomar, seu João Cancela, Seu Itambé e Dona Mirinha, Seu Zé Baraiá, Valter, Tanara, Márcia, Rosileide, Uara, Isaías, Reiza Lopes. Márcio é apenas a rostidade de uma coletividade. Aqui compartilho alguns dos fragmentos dessa ação inaugural, que espero seja uma próspera parceria, povoando esse lugar com as belas paisagens criadas e geridas pelos Pataxó. Algumas dessas pessoas são amigas e colegas de academia, intelectuais, sábios, liderança política e liderança ambiental desse povo cujo nome da língua indica seu ethos inquestionável, patxohã: língua de guerreiro